A FOTO MAIS ANTIGA DO MUNDO TIRADA PELO INVENTOR JOSEPH NICÉPHORE NIÉPCE EM 1826
Joseph Nicéphore Niépce (Chalon-sur-Saône, 7 de março de 1765 — Saint-Loup-de-Varennes, 5 de julho de 1833) foi um inventor francês responsável por uma das primeiras fotografias
Niépce começou seus experimentos fotográficos em 1793, mas as imagens desapareciam rapidamente. Ele conseguiu imagens que demoraram a desaparecer em 1824 e o primeiro exemplo de uma imagem permanente ainda existente foi tirada em 1826. Ele chamava o processo de heliografia e demorava oito horas para gravar uma imagem.
O sonho do homem em gravar a imagem daquele momento em que viveu ou testemunhou, vem da mais remota história da antiguidade. Químicos e alquimistas já estudavam o fenômeno da produção de imagens, através da passagem da luz por um pequeno orifício, desde 350 AC.
Em 1525 já se conhecia o escurecimento dos sais de prata. O físico- químico italiano, Ângelo Sala, em 1604 estudou o escurecimento de alguns compostos de sais de prata, pela luz solar mas não conseguiam fixar a imagem.
Em 1725, Johann Henrich Schulze, professor de medicina na Universidade de Aldorf, na Alemanha, conseguiu uma projeção e uma imagem com uma duração de tempo maior, porém não conseguiu detectar o porquê do aumento do tempo. Continuando suas experiências, Schulze colocou à exposição da luz do sol um frasco contendo nitrato de prata, examinando-o algum tempo depois, percebeu que a parte da solução atingida pela luz solar tornou-se de coloração violeta escura. Notou também, que o restante da mistura continuava com a cor esbranquiçada original. Sacudindo a garrafa, observou o desaparecimento do violeta. Continuando, colocou papel carbono no frasco e o expôs ao sol, depois de certo tempo, ao remover os carbonos, observou delineados pelos sedimentos escurecidos padrões esbranquiçados, que eram as silhuetas em negativo das tiras opacas do papel. Schulze estava em dúvida se a alteração era devida à luz do sol, ou ao calor. Para confirmar se era pelo calor, refez a mesma experiência dentro de um forno, percebendo que não houve alteração. Concluiu então, que era a presença da luz que provocava a mudança.
Thomas Wedgwood realizou no início do século XIX experimentos semelhantes. Colocou expostos à luz do sol algumas folhas de árvores e asas de insetos sobre papel e couro branco sensibilizados com prata. Conseguiu silhuetas em negativo e tentou de diversas maneiras torná-las permanentes. Porém, não tinha como interromper o processo, e a luz continuava a enegrecer as imagens.
Schulze, Scheele, e Wedgewood descobriram o processo onde os átomos de prata possuem a propriedade de possibilitar a formação de compostos e cristais que reagem de forma delicada e controlável à energia das ondas de luz. Porém, o francês Joseph-Nicéphore Niépce o fisionotraço e a litografia. Em 1817, obteve imagens com cloreto de prata sobre papel. Em 1822, conseguiu fixar uma imagem pouco contrastada sobre uma placa metálica, utilizando nas partes claras betume-da-judéia, este fica insolúvel sob a ação da luz, e as sombras na base metálica. A primeira fotografia conseguida no mundo foi tirada no verão de 1826, da janela da casa de Niepce, encontra-se preservada até hoje. Esta descoberta se deu quando o francês pesquisava um método automático para copiar desenho e traço nas pedras de litografia. Ele sabia que alguns tipos de asfalto entre eles o betume da judéia endurecem quando expostos à luz. Para realizar seu experimento, dissolveu em óleo de lavanda o asfalto, cobrindo com esta mistura uma placa de peltre (liga de antimônio, estanho, cobre e chumbo). Colocou em cima da superfície preparada uma ilustração a traço banhada em óleo com a finalidade de ficar translúcida. Expôs ao sol este endureceu o asfalto em todas as áreas transparentes do desenho que permitiram à luz atingir a chapa, porém nas partes protegidas, o revestimento continuou solúvel. Niépce lavou a chapa com óleo de lavanda removendo o betume. Depois imergiu a chapa em ácido, este penetrou nas áreas em que o betume foi removido e as corroeu. Formando desta forma uma imagem que poderia ser usada para reprodução de outras cópias.
Niepce e Louis-Jacques Mandé Daguerre iniciaram suas pesquisas em 1829. Dez anos depois, foi lançado o processo chamado daguerreótipo.
Este consistia numa placa de de ouro e prateada, exposta em vapores de iodo, desta maneira, formava uma camada de iodeto de prata sobre si. Quando numa câmara escura e exposta à luz, a placa era revelada em vapor de mercúrio aquecido, este aderia onde havia a incidência da luz mostrando as imagens. Estas, eram fixadas por uma solução de tiossulfato de sódio. O daguerreótipo não permitia cópias, apesar disso, o sistema de Daguerre se difundiu. Inicialmente muito longos, os tempos de exposição encurtaram devido às pesquisas de Friedrich Voigtländer e John F. Goddard em 1840, estes criaram lentes com abertura maior e ressensibilizavam a placa com bromo.
Willian Henry Fox Talbot exibindo seu Calótipo.
William Henry Fox Talbot lançou, em 1841, o calótipo, processo mais eficiente de fixar imagens. O papel impregnado de iodeto de prata era exposto à luz numa câmara escura, a imagem era revelada com ácido gálico e fixada com tiossulfato de sódio. Resultando num negativo, que era impregnado de óleo até tornar-se transparente. O positivo se fazia por contato com papel sensibilizado, processo utilizado até os dias de hoje.
O calótipo foi a primeira fase na linha de desenvolvimento da fotografia moderna, o daguerreótipo conduziria à fotogravura, processo utilizado para reprodução de fotografias em revistas e jornais.
Frederick Scott Archer inventou em 1851 a emulsão de colódio úmida. Era uma solução de piroxilina em éter e álcool, adicionava um iodeto solúvel, com certa quantidade de brometo, e cobria uma placa de vidro com o preparado. Na câmara escura, o colódio iodizado, imerso em banho de prata, formava iodeto de prata com excesso de nitrato. Ainda úmida, a placa era exposta à luz na câmara, revelada por imersão em pirogalol com ácido acético e fixada com tiossulfato de sódio. Em 1864, o processo foi aperfeiçoado e passou-se a produzir uma emulsão seca de brometo de prata em colódio. Em 1871, Richard Leach Maddox fabricou as primeiras placas secas com gelatina em lugar de colódio. Em 1874, as emulsões passaram a ser lavadas em água corrente, para eliminar sais residuais e preservar as placas...
Os irmãos franceses Jean Niceforo e Claude Niepce são os primeiros a relacionar a imagem realizada com luz e uma câmera escura. Mas eles não foram os únicos investigadores desta atividade, em que pese que foram os únicos a chegar ao fim de esta prática.
Esta é a primeira fotografia colorida do mundo. Feita por Louis Ducos du Hauron em 1872, mostra como paisagem a cidade de Angouleme, no Sul da França.
A FOTOGRAFIA NO BRASIL
1832 – Hércules Florence realiza as primeiras imagens fotográficas no país.
1840 – Primeira demonstração da daguerreotipia no Brasil e na América Latina, pelo abade Louis Compte. Augustus Morand produz as primeiras fotos da família real brasileira e do Palácio São Cristóvão. O imperador Pedro II adquire um aparelho de daguerreotipia e começa a produzir imagens.
1851 – Os retratistas Buvelot e Prat recebem de Dom Pedro II o título de "Photographo da Casa Imperial".
1853 – Estabelecida no Rio de Janeiro a primeira oficina de calótipo do país, sob direção de C. Guimet.
1860-1900 – Imigrantes europeus trazem as novas tecnologias fotográficas para o país. Marc Ferrez retrata paisagens brasileiras. Militão Augusto de Azevedo a retrata a transformação urbana de São Paulo.
1861 – O francês Victor Frond lança o livro Brazil Pittoresco, o primeiro sobre Fotografia lançado no Brasil e da América Latina.
1865 – Marc Ferrez abre seu próprio estabelecimento fotográfico, a Casa Marc Ferrez & Cia, na Rua São José, 96 , Rio de Janeiro, RJ.
1900 – Revista da Semana publica as primeiras fotos da imprensa brasileira.
1901 – O cartão-postal é introduzido no Brasil pelo fotógrafo Castro Moura, que traz a novidade da França.
1903 – Augusto Malta é nomeado, por Pereira Passos, fotógrafo oficial da prefeitura do Rio de Janeiro. Ele é o primeiro fotógrafo oficial da cidade.
1904 – Valério Vieira recebe medalha de prata na Feira Internacional de Saint Louis (EUA) pelo auto-retrato "Os 30 Valérios"
Neste mesmo ano DOMINGOS MANCUSO começa a produzir suas primeiras fotografias
da cidade de CAXIAS DO SUL
1909 - Primeira edição da revista Photographica
A fotografia mais antiga do Brasil produzida por Louis Compte em 1840
As primeiras fotografias do Brasil foram feitas pelo capelão de um navio, de passagem pelo Brasil, chamado Louis Compte em março de 1840 com uma máquina chamada, câmera daguerreótipo e apresentadas a D. Pedro II. D. Pedro II que tinha apenas 15 anos de idade, ficou fascinado com o que viu e adquiriu seu primeiro daguerreótipo tornando-se o maior divulgador da fotografia, no Brasil.
Um dos pioneiros da Fotografia no Brasil foi o pintor e naturalista francês radicado no Brasil, Antoine Hercules Romuald Florence. Florence, que chegou ao Brasil em 1824, estabeleceu-se em Campinas, onde realizou uma série de invenções e experimentos. No ano de 1833 Florence fotografou através da câmera escura com uma chapa de vidro e usou papel sensibilizado para a impressão por contato. Ainda que totalmente isolado e sem conhecimento do que realizavam seus contemporâneos europeus, Niépce e Daguerre, obteve o resultado fotográfico, que chamou pela primeira vez de Photografie Pela descoberta de Florence, o Brasil é considerado um dos pioneiros na Fotografia.
O início da fotografia no Brasil não se pode esquecer do Imperador Dom Pedro II, que foi um fotógrafo apaixonado. O abade Louis Compte em 16 de janeiro de 1840 quando aportou no Rio de Janeiro fez uma demonstração à Dom Pedro II da daguerrotipia (fonte: Jornal do Commercio, de 17 de janeiro de 1840, Rio de Janeiro). D. Pedro II, possivelmente tenha se tornado o primeiro fotógrafo com menos de 15 anos do Brasil, quando no mesmo ano de 1840 adquiriu um daguerreótipo, em Paris.
Augustus Morand , fotógrafo norte-americano (1815-1862), fez as primeiras fotos da família imperial do Brasil, isso ainda em 1840.
Novas tecnologias vieram, vinda por imigrantes radicados no Brasil, por exemplo o colódio úmido. Estúdios de retratistas se espalham pelas principais cidades brasileiras. O alemão Alberto Henschel abre escritórios em São Paulo, Recife, Salvador e Rio de Janeiro, tornando-se o primeiro grande empresário da fotografia brasileira. Nesse período, também se destacam Walter Hunnewell, que faz a primeira documentação fotográfica da Amazônia, Marc Ferrez, que produz imagens panorâmicas de paisagens brasileiras, e Militão Augusto de Azevedo, o primeiro a retratar sistematicamente a transformação urbana da cidade de São Paulo. E ainda Victor Frond, George Leuzinger, August Stahl e Felipe Fidanza .